Todescan Siciliano

Todescan Siciliano
Arquitetura

quinta-feira, outubro 09, 2008

Integração de sistemas é o novo desafio da sustentabilidade

Integração de sistemas é o novo desafio da sustentabilidade


Opinião é do engenheiro escocês Michael Shaw, que também apresentou no Brasil tecnologias sustentáveis para o tratamento natural de água e esgoto

Foto: Envolverde
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Shaw é diretor do The Ecovillage Institute, um centro internacional de engenharia e design ecológico com sede na Findhorm Ecovillage, na Escócia

03/06/2008 -
Um público muito atento ouviu o engenheiro escocês Michael Shaw relatar, nesta terça-feira (02/06), que visitou há pouco a China, onde uma prefeitura pediu-lhe ajuda para transformar a cidade na “mais verde” do país; já na Escócia, onde vive, acaba de ser aprovado um grande fundo para as as cidades que estão adotando políticas sustentáveis frente aos novos tempos de aquecimento global, as chamadas “cidades de transição”; e Porto Alegre, a cidade do mundialmente famoso José Lutzenberger, citado por ele, promove uma Semana do Meio Ambiente em que é chamado para falar da sustentabilidade.

Não são fatos isolados, comentou, configuram isto sim um momento crucial no mundo, em que as mudanças climaticas e a crise energética pressionam por saídas urgentes e fazem emergir um cultura da sustentabilidade. “O pico (do uso) do petróleo está nos levando a uma cultura da sustentabilidade, a uma necessidade da sustentabilidade, na energia, na produção de comida, nos transportes, na forma como lidamos com nossos resíduos, e é importante que tudo isso seja integrado num sistema único”, afirmou.

Shaw é diretor do The Ecovillage Institute, um centro internacional de engenharia e designer ecológico com sede na Findhorm Ecovillage – a mais famosa ecovila do mundo – na Escócia, onde vive há 15 anos. ”Este é um momento de transição e o desafio é sermos propositivos, não há mais tempo para ficarmos presos a velhas fórmulas. Nos próximos 30 anos teremos de diminuir 55% a emissão de gás carbônico, hoje se emite três toneladas/ano por pessoa, principalmente na América do Norte e Estados Unidos”, destacou.

”Como fazer isso? Com cortes no uso de energia, menos uso de combustíveis fósseis, baixa produção de carbono”, respondeu. “Precisamos, então, pensar e planejar para a sustentabilidade”, acrescentou, observando que seis graus a mais na temperatura global já fariam desaparecer debaixo d'água Porto Alegre e o lugar onde ele mora.

Tratamento Natural de Água e Esgoto

A seguir, apresentou o que é a sua grande especialidade, o tratamento natural/sustentável de água e esgotos, apenas com recursos biológicos, sem nada de produtos químicos, como as plantas com raízes onde se multiplicam bactérias que retiram os poluentes da água, microorganismos diversos, pequenos peixes e brita.

Projetos assim ele já implantou nos Estados Unidos, Ìndia, China, países da Europa e numa grande fábrica de alimentos para animais em São Paulo. Tudo a um custo de investimento bem menor, com menos ou até nenhum consumo de energia, sem cheiro (!) e de manutenção mais fácil que as convencionais lagoas de decantação, onde são empregadas grandes quantidades de substâncias químicas, com alto consumo de energia e funcionamento complicado.

O investimento e o custo de manutenção variam conforme a disponibilidade de terra e o tipo de poluição da água. Existem então dois sistemas básicos de tratamento sustentável, explicou, um para regiões com bastante terra disponível e outro para áreas menores, como dentro de cidades, onde os sistemas precisam ser compactos. Onde há bastante terra, como em praticamente todas as cidades como Brasil, a engenharia é muito simples, pode-se usar áreas alagadas, como a construção de uma “piscina”, a um custo muito baixo para o tratamento da água e do esgoto.

À medida que os sistemas ficam menores, mais compactos, por falta de áreas disponíveis, onde a terra é cara, é preciso uma outra técnica, mas nunca mais cara que as tradicionais, assinala. “Não há custo de produtos químicos, a geração de lodo é muito pequena, o que torna a manutenção muito simples, e ainda tem uma beleza, são sistemas muito bonitos (por causas das plantas)”, explica. “Se a terra custar menos de um milhão de dólares o hectare (isso mesmo, um milhão de dólares) o sistema natural sempre vai ser mais barato”, garantiu.

E pode funcionar no meio de uma cidade, de um bairro, pois não exala mau cheiro algum, já que as bactérias são aeróbicas – usam oxigênio para se multiplicar. Na fábrica de Mogi Mirim, por exemplo, o sistema natural funciona há nove anos com um grau de eficiência de 99,98% na taxa de retirada de poluentes. Num hospital de Anantapur, na Índia, que faz tratamento de portadores de HIV, usando brita e plantas escolhidas para o ambiente local, a água sai totalmente limpa e sem a presença do vírus, tanto que é usada na irrigação de plantações.

Despoluição de Rios na China

Na China, em Fizhon, uma cidade industrial, um rio está sendo despoluído e outro será despoluído no país em breve com os mesmos princípios sustentáveis de engenharia e design. Nos vários canais onde mais de um milhão de habitantes despejam seus dejetos, foram instaladas umas espécies de ilhas flutuantes, com as plantas grudadas a filmes submersos e em cujas raízes se multiplicam as bactérias, que fazem a limpeza da água.

Elas são aeróbicas (utilizam oxigênio, por isso não exalam cheiro) e recebem o oxigênio através de aeradores embaixo dágua, que assim não fazem barulho e bombeiam o ar da superfície. Como são flutuantes, as “ilhas” sobem ou descem conforme o volume do canal. O custo, no caso, é de 50 mil dólares, R$ 75,00 a R$ 80,00 por pessoa e cerca de um Kilowat/hora de consumo de energia. "Há canais muito semelhantes no RJ, SP e Porto Alegre que poderiam receber sistemas semelhantes," assinalou.

À pergunta de um representante do Sindicato da Indústria da Construção Civl (Sinduscon), ele acrescentou que é possível um tratamento descentralizado de esgotos em prédios e condomínios de 200 a 300 pessoas, de até 20 andares, em sistemas pequenos de 600 metros quadrados, que poderiam ser integrados como parte dos próprios prédios, cuja água resultante poderia ser usada nas descargas, jardins, lavagem de carros e outras utilidades, menos higiene pessoal e cozinha. “É muito fácil reciclar para as descargas”, informou.

Outro exemplo bastante detalhado por Shaw é o de Harlow North, uma cidade totalmente planejada e totalmente sustentável, que será construída nos próximos anos com financiamento da British Petroleum, inicialmente para 25 mil habitantes e projeção para chegar a 65 mil. Ali deverá acontecer a integração total dos sistemas sustentáveis, energia, água, esgotos, produção de alimentos, manejo de resíduos, que é o novo desafio dos desenhos de sustentabilidade, conforme repetiu nas entrevistas que concedeu. Como a disponibilidade de água no local é de 50 litros/dia por pessoa – a média normal seria 200 litros – até mesmo as estradas serão construiídas de forma a reaproveitar a água da chuva. “É um grande desafio levando em conta o tamanho da cidade, visando o uso mínimo de energia, água, dos recursos para tratar os dejetos e assim por diante. Nas tecnologias não há nada de novo, o nosso desafio é colocar tudo junto”, explicou.

Michael Shaw foi trazido a Porto Alegre pelo diretor do Centro de Referência em Integração e Sustentabilidade (CRIS), engenheiro Jorge Geras, a convite da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam), para ser o palestrante de abertura oficial da Semana do Meio Ambiente, no auditório do Colégio Militar. O prefeito José Fogaça discursou exaltando a importância do evento e do convidado e depois se retirou para outro compromisso. Michael e Geras tinham reunião agendada com a equipe técnica do Departametno Municipal de Água e Esgotos (Dmae) no início da tarde, que foi cancelada sem maiores explicações.

Por Ulisses A. Nenê, para a Ecoagência

Fonte: Envolverde/Ecoagência

Michael Shaw apresenta em Porto Alegre os sistemas sustentáveis de tratamento de água e esgoto

Michael Shaw apresenta em Porto Alegre os sistemas sustentáveis de tratamento de água e esgoto


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Shaw: sistemas totalmente naturais utilizam plantas,
peixes, bactérias e microorganismos em vários países

Celebridade mundial na área da sustentabilidade, ele será o palestrante na abertura da Semana do Meio Ambiente, às 18h, no Colégio Militar.

Porto Alegre, RS – A abertura oficial da Semana do Meio Ambiente em Porto Alegre, amanhã (02/06) terá a presença de uma das maiores autoridades mundiais em projetos sustentáveis, o engenheiro canadense Michael Shaw. Ele será o palestrante da solenidade, às 18 horas, no auditório do Colégio Militar, onde vai falar sobre sua maior especialidade, “Sistemas Sustentáveis no Tratamento de Água e Esgoto”.

Além do de água e esgoto, Shaw tem experiência com outras tecnologias e um conhecimento muito amplo de vários projetos mundiais sustentáveis, que envolvem desde prédios comerciais até cidades inteiras. Com outro pesquisador nessa área, o professor John Todd, Shaw tem duas patentes mundiais de tratamento biológico de esgotos, sem o uso de produtos químicos.

“Essa é a grande diferença dos sistemas que eles desenvolveram, enquanto a grande maioria das Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs) usam grandes quantidades de produtos químicos, os sistemas sustentáveis funcionam à base de microorganismos, bactérias, plantas e uma série de componentes do sistema vivo, com investimentos menores que as estações tradicionais”, explica o fundador e diretor do Centro de Referência e Interação em Sustentabilidade de São Paulo, engenheiro Jorge Geras, que está trazendo Michael Shaw a Porto Alegre.


Estação de tratamento implantada por Shaw

Um exemplo é o de Harlow North, ao sul de Londres, onde a British Petroleum está construindo uma cidade totalmente sustentável, de 25 mil habitantes, em que Shaw fez o projeto das áreas de energia e tratamento integrado. Na China, com o mesmo sistema de biotratamento está sendo despoluído um rio e outro será despoluído, enquanto na Índia fez um projeto de ETE para um hospital de doentes com HIV. De tão limpa, a água ao final do tratamento é utilizada na irrigação de plantações.

“Nessa parte de sustentabilidade e ecologia ele está em contato com tudo o que acontece de mais importante no mundo inteiro em termos de tecnologias sustentáveis, com projetos na Rússia, África, Ásia, Estados Unidos,”, afirma Jorge Geras.


Trabalho de despoluição na China

Outro detalhe interessante é que Shaw mora há 15 anos em Findhorn, uma famosa ecovila que existe há mais de 40 anos no norte da Escócia, totalmente sustentável do ponto de vista social, ecológico e econômico. Já foi tema de grandes reportagens na imprensa britânica e recebeu visitas de várias personalidades interessadas em projetos sustentáveis, como Fritjof Capra.

Ali os habitantes produzem o próprio alimento e geram mais energia do que consomem, utilizando apenas fontes renováveis: placas solares, turbinas eólicas e biodigestores.

Soluções para o Brasil

“Do ponto de vista social, Findhorn é uma comunidade bem diferente do estilo que a gente tem aqui em termos de convívio, com interação humana e um espírtio comunitário muito mais desenvolvido do que estamos acostumados. Ele tem muita bagagem para compartilhar e soluções muito práticas para ajudar no brasil”, assegura Geras.

Michael Shaw é representado na América Latina pelo Centro de Referência e Integração em Sustentabilidade (CRIS), que tem sede em São Paulo e mantém parcerias com vários estados brasileiros e entidades internacionais. O instituto, dirigido por Jorge Geras, desenvolve vários projetos na área, como um hotel (SpAventura) com 70 chalés, em Ibiúna que não precisará de ar-condicionado e onde grande parte da energia e dos alimentos serão produzidos no próprio local, totalmente integrado com a sociedade do entorno – produtores de alimentos orgânicos.

Outro projeto de Geras é uma casa/sobrado, a Casa de Terra Granja Viana, feita de pau-à-pique, barro e palha, na qual todo o gás de cozinha vem de biodigestores que recebem os dejetos dos banheiros; e uma eco-passarela que vai ligar o prédio do Unibanco à Honda, em São Paulo e servirá também para ações de educação ambiental.

“O CRIS é uma ponte entre estes mundos, facilitando com a tradução de linguagens o contato e viabilizando projetos”, opina o vice-presidente da Fundação Gaia de Porto Alegre, Franco Werlang.

“Já se foi o tempo em que as tecnologias brandas em termos de impacto ambiental eram apenas tentativas, hoje elas são provadas e comprovadas, tanto que a China, atual canteiro de obras mundial, é um exemplo vivo da consolidacao destes processos e está contratando praticamente todos os consultores mundiais já reconhecidos nesta área para enormes projetos, viabilizando a custos reduzidos resultados maravilhosos”, acrescenta.

Texto da redação da EcoAgência. Reprodução autorizada, citando-se a fonte.

Mais informações:

www.crissustentabilidade.blogspot.com

Palestra de Michael Shaw:

Local: Auditório do Colégio Militar (Av. José Bonifácio, 363), segunda-feira, às 18h, A promoção é da Secretaria Municipall do Meio Ambiente e Prefeitura de Porto Alegre.

Fonte: EcoAgência

Fundação AlphaVille promove oficinas “Plantio” e “Construção em terra”

Parnaibaweb

Fundação AlphaVille promove oficinas “Plantio” e “Construção em terra”
Da Redação: ParnaíbaWEB
04 de julho de 2008
Com participação gratuita, interessados aprenderão a executar um “rain garden” ou construir uma parede a base de terra, desenvolvendo técnicas sustentáveis

No próximo domingo, 6 de julho, das 14h às 18h, o Centro Educacional em Sustentabilidade, localizado no AlphaViIlle Burle Marx, em Santana de Paranaíba (SP), realiza as oficinas “Plantio” e “Construção em terra”. A partir de técnicas de construções sustentáveis, os participantes aprenderão a executar um “rain garden”, espécie de jardim desenhado para infiltrar o excedente de água da chuva, ou construir uma parede a base de terra. Para participar, basta confirmar presença, através dos e-mails evelyn@alphaville.com.brEste endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email ou sousa@alphaville.com.brEste endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email .

Para ministrar as oficinas, foram convidados o engenheiro civil e permacultor, Guilherme Neves Castagna, autor de vários projetos de design em permacultura e sustentabilidade em água, além dos arquitetos, Fernando César Negrini Minto, pesquisador do grupo de estudos “Culturas Construtivas”, na FAU-USP; e Thomas Alexander Burtscher, mestre em arquitetura sustentável.

Centro Educacional para Sustentabilidade

Em fase de obras, o Centro Educacional para Sustentabilidade já está sediando oficinas gratuitas, que possibilitam aos interessados colocar a mão na massa e aprender na prática diferenciais sustentáveis. O Centro é fruto de parceria da Fundação AlphaVille – braço de sustentabilidade da AlphaVille Urbanismo, com o CRIS – Centro de Referência e Integração para a Sustentabilidade.

Oficinas “Plantio” e “Construção em terra”
Domingo, 06/07/2008
Horário: 14h às 18h
Centro Educacional em Sustentabilidade – CES
Residencial AlphaVille Burle Marx
Av. Alpha Norte, 2550 - Santana de Parnaíba - SP

Mais informações à imprensa: CLARA Comunicação
Neide Costa/ Michele Vitor / Clarice Caldas
Tel. (11) 3667-9136, 3667-4065
E-mail: clara@claracomunicacao.com.brEste endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email
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http://www.parnaibaweb.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=1171&Itemid=75

UBV FECHA PARCERIA COM CRIS - CENTRO DE REFERÊNCIA E INTEGRAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE

Maxpress

UBV FECHA PARCERIA COM CRIS - CENTRO DE REFERÊNCIA E INTEGRAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE

A empresa, preocupada com questões sócio-ambientais, contribuiu com vidros para a criação de mais um espaço do projeto

A UBV, líder no mercado de vidro plano impresso, estabeleceu parceria com o CRIS - Centro de Referência e Integração para a Sustentabilidade, na construção do CES, uma nova edificação do projeto, localizada em Santa do Parnaíba.

O CES - Centro Educacional em Sustentabilidade é o resultado da parceria entre a Fundação AlphaVille, a Prefeitura de Santana de Parnaíba e o CRIS. A inauguração será realizada no próprio espaço no dia 10 de outubro, que posteriormente será doado para a cidade.

O vidro escolhido para o projeto foi o Astral, aplicado em janelas, portas e paredes. Devido a sua transparência, este padrão permite que a luz natural penetre no ambiente e ainda é possível contemplar a bela paisagem do local, proporcionando bem estar a todos.

Por se tratar de um projeto despojado, a consultora e gestora do projeto Denise Mazeto garante que o padrão de vidro foi escolhido corretamente. O design criativo e o aspecto molhado do padrão fizeram a diferença no projeto. "Escolhemos o vidro UBV não só pela beleza, mas também pelas questões ambientais, já que contém um elevado conteúdo de vidro reciclado", acrescenta.

"Para a UBV, a participação neste projeto é importante, pois enfatiza o conceito de sustentabilidade agregado na aplicação dos vidros UBV nos ambientes", afirma Sandra Sernaglia, gerente de marketing da empresa.


http://www.maxpressnet.com.br/noticia.asp?TIPO=PA&SQINF=342414

sexta-feira, setembro 26, 2008

Centro de Educação em Sustentabilidade – CES Alphaville

Centro de Educação em Sustentabilidade – CES Alphaville
http://crisfundacaoalphavilleces.blogspot.com/


A preocupação com a sustentabilidade sempre foi um foco para a Fundação Alphaville.
Em 2007, a Todescan Siciliano Arquitetura foi convidada a um desafio pela Fundação Alphaville: transformar o que era antes um projeto arquitetônico convencional para o CES em outro, com diferenciais sustentáveis. O que seria a apresentação do Centro de Referência em Sustentabilidade – CRIS, instituição criada pelos arquitetos Marcelo Todescan e Frank Siciliano, em outro projeto com maior envergadura.

A Fundação, vendo que o Centro poderia ter um diferencial forte e sustentável, decidiu propor à Todescan Siciliano o desafio de realizar o projeto que antes seria convencional em outro, com a mesma verba anteriormente aprovada. Assim, o escritório de arquitetura Todescan Sicialino foi contratado pela fundação, para desenvolver a construção do CES, localizado em Alphaville. O projeto ficou maior e melhor, além de ser completamente sustentável.


O terreno,
localizado ao lado do luxuoso condomínio Alphaville Burle Max, foi cedido pela prefeitura de Santana do Parnaíba em parceria com a Alphaville Urbanismo. Os arquitetos realizaram um diagnóstico sobre o ecossistema local, como a mata, o vento, ensolação, tipo de vegetação, e concluíram que o ideal seria adaptar o empreendimento de acordo com sua natureza, utilizando recursos do local. O CES utiliza recursos sustentáveis de forma inteligente. As paredes são de tijolo ecológico (Tijolo de Solo Cimento), diferentemente do tijolo comum que polui a atmosfera, agrava o efeito estufa e aumenta o desmatamento; não precisa ser cozido, é auto-encaixável e dispensa qualquer tipo de acabamento. Outra técnica empregada é o Cordwood, substituto da lenha, na qual paredes são construídas de pequenos pedaços de madeira. Esse material é uma excelente alternativa pois usa madeira que não tem muito valor,além de ter propriedades de isolamento térmico e acústico.
Os acabamentos também são de materiais renováveis ou menos agressivos ao ambiente. O piso é constituído de borracha de pneu reciclado e a cerâmica no piso é feita com restos de fábrica. A tinta é natural a base de cal e os revestimentos são de fibra de coco e açaí.
O telhado é coberto com vegetação, devidamente impermeabilizado e com drenagem adequada. Este acabamento proporciona conforto térmico e acústico, tanto no inverno como no verão, reduzindo dessa forma o uso de condicionadores de ar. Além disso, filtra e retarda a descida das águas de chuva, reduz a reflexão de calor para atmosfera e as ilhas de calor, aumenta as áreas de paisagismo que reduz a poluiçăo atmosférica e contribui no combate ao aquecimento global, colabora no microclima do entorno, pois mantém a umidade relativa do ar, e retém as impurezas do ar e reduz o calor gerado pelo reflexo dos raios infravermelhos.

Resíduos

O tratamento de esgoto é feito por biossistema integrado. São sistemas biológicos multifuncionais que realizam o tratamento de efluentes de forma simples e ecológica, com baixo custo e consumo de energia. O biossistema integrado é um conjunto de equipamentos implantados que tentam imitar os ciclos sustentáveis da natureza e reproduzem os grandes reinos. Fazem com que os dejetos humanos percam seu potencial poluidor ao longo das diferentes etapas de tratamento, produz energia a partir da biomassa disponível e reciclam nutrientes para reaproveitamento na produção de vegetais e na recuperação de áreas degradadas. É uma tecnologia social certificada pela RTS, pois há uma mudança do conceito de modelo produtivo, onde deixa-se de lado a visão de que os resíduos são considerados um problema e parte-se para um sistema onde tudo pode ser reaproveitado como matéria prima em um novo ciclo de produção, imitando os ciclos sustentáveis da natureza.
Colabora na despoluição da água, do solo e do ar; transforma dejetos em energia, reduz os riscos à saúde pública e ao ambiente através da redução de agentes patogênicos a níveis seguros. Facilita a manutenção devido a processos naturais de purificação e reciclagem, com necessidade de limpeza no mínimo de 4 vezes do tempo de uma fossa comum aprox. 5 anos; recicla nutrientes (o efluente pode ser usado como fertilizante); gera biogás, energia renovável (pode ser utilizado p/ex. na cozinha do refeitório); Facilita a limpeza e proteção das águas de rios e córregos.

Água

O CES Alphaville parte do conceito de que toda ocupação humana deve garantir uma continuidade nos ciclos naturais. Assim é pensado também no tratamento da água. Aparelhos economizadores de água, dentre eles válvulas de descarga ou caixas acopladas de acionamento duplo, torneiras com temporizadores, e redutores de pressão integram este sistema. O reuso envolve o aproveitamento de toda água gerada pelas instalações, sem tratamento, para atender as necessidades do local. A água de chuva, quando coletada, armazenada e utilizada de forma apropriada, além de apresentar alta qualidade, auxilia no reequilíbrio parcial do ciclo hidrológico. A reutilização gera economia significativa, diminuição da demanda sobre os mananciais de abastecimento de água, recarga do lençol freático (mediante infiltração da água excedente do sistema de aproveitamento de água de chuva), proteção dos cursos de rios e córregos e reduz a ocorrência de enchentes.
O projeto de aproveitamento de água de chuva para fins não-potáveis segue as recomendações sugeridas pelo projeto de norma NBR 15527:2007, com exceção do método de desinfecção utilizado, baseado no uso de ozônio. O projeto de desinfecção com ozônio está pautado na desinfecção contínua através da injeção de ozônio em um sistema de recirculação de água, garantindo a manutenção de uma água com alto nível de qualidade, sem contribuir para a geração de compostos poluentes, como é o caso do cloro.

Coleta de águas pluviais
A instalação de águas pluviais é composta do conjunto de condutores pluviais, tubulações de abastecimento, e demais acessórios detalhados em projeto. As águas provenientes da cobertura do telhado verde serão coletadas e encaminhadas à uma caixa de passagem, denominada caixa de autolimpeza, cuja função é permitir a sedimentação dos sólidos que tenham eventualmente passado pela manta de proteção, ao mesmo tempo em que descarta o volume inicial de água, geralmente com maior presença de bactérias que comprometem a qualidade da água armazenada. Caso haja captação de água maior do que a capacidade de armazenamento, o excedente será direcionado para infiltração ou armazenamento inferior através de um “ladrão”. Desinfecção por ozônio. A água da caixa elevada será recirculada, de forma automatizada em períodos pré-definidos de acordo com as determinações do fornecedor do sistema de desinfecção, Acqua Máxima, ou outro fornecedor escolhido. Nos períodos de seca, quando o volume da cisterna estiver abaixo do nível de funcionamento, o sistema deixa de funcionar, retornando ao funcionamento quando do aumento do nível em épocas de chuva.

Diminui o consumo de água potável, reduz o impacto sobre a rede de drenagem e volumes de cheias (inundações), permite a recarga dos lençóis freáticos com o excedente de uso. A água sem tratamento pode ser usada em vasos sanitários, jardins e limpeza.O Centro tem como missão “ser desde a sua concepção um espaço de educação para a sustentabilidade com demonstrações e referencias práticas e teóricas sobre como podemos conviver em harmonia com todos os seres” e como visão “tornar-se uma referência na educação para a sustentabilidade, abrigando exemplos de experiências replicáveis, fomentando melhorias sociais, ambientais, econômicas e de visão de mundo”.
Seguindo as premissas de sua missão, o Centro já contou com oficinas de bioconstrução com o apoio do GAIA, o braço de educação para sustentabilidade da ONU (Organização das Nações Unidas) com temas como construção com encaixes de bambu, com uso de barro e também do biodigestor (equipamento onde a matéria orgânica é transformada em gás para uso como combustível). As oficinas contaram com a participação de estudantes e da comunidade e parcerias de profissionais ligados a cada atividade.
As parcerias começaram já na fase de construção e já envolvem dezenas de empresas, associações e instituições. Entre elas estão O Instituto Ambiental (OIA) que colaborou com o tratamento de esgoto do biossistema integrado; a organização sem fins lucrativos Permacultura, com a tecnologia para o tratamento da água da chuva e do esgoto, financiado pela Indústria Gráfica Brasil (IGB); a Zun, que colaborou com as estruturas de bambu; a Altercorp, que forneceu o equipamento para o funcionamento da energia eólica a preço de custo; a Construvan, que facilitou pagamento e entrega de tijolos de solo e cimento. A cúpula da sala de celebração foi uma parceria com Vitor Lotufo e Valmir Fachini e a madeira certificada é da empresa Ecolog. Entra as doações, a Ecolit, que doou placas feitas de aparas de tubo de creme dental, a Ekobe, que doou revestimentos de pastilhas de côco; a Lepri, que doou cerâmicas; a UBV, que doou vidros, a Forbo, que doou o piso Marmoleum, a Ciaform, que doou o piso de borracha reciclada, a Sansuy, que doou a colocação da manta para a impermeabilização do telhado; a Tetrapack, que doou material de caixas para a fabricação de divisórias. Ainda há outras parcerias para serem fechadas e realizadas.
Sustentável em diversas frentes - Outros dispositivos e tecnologias de geração de energia serão construídos no centro, ainda que para fins somente educativos, como gerador de energia eólica, solar, biodigestor, tijolos de solo cimento. No complexo, a água da chuva será reaproveitada, haverá teto verde - em que se aproveita a área para cultivo de plantas, melhorando a temperatura local e o aproveitamento de espaço, hortas e jardins serão plantados no conceito da permacultura e também haverá o sistema de banheiro seco, gerando economia de água e material orgânico para adubo. Além da idéia do uso de embalagens Tetrapack, serão exploradas outras formas de reciclagem, com móveis feitos de pneus e o Desenvolvimento de manuais de produtos que podem ser confeccionados com reciclagem , uma parceria com um projeto de mestrado do CEFETde Curitiba (Centro Federal de Educação Tecnológica).
Depois de pronto, o CES usará seu espaço e a informática como ferramentas de Educação para Sustentabilidade, servirá de apoio para a reformulação do produto AlphaVille Escolas Ecológicas, envolverá os moradores do Burle Marx com o conceito programa “Construindo sua Vida em AlphaVille e as lideranças e comunidades locais com eventos de educação para a Sustentabilidade, buscando a Integração das comunidades com os moradores dos empreendimentos. Todos os eventos e cursos estarão permeados dos conceitos de Consumo Consciente, Liderança Sistêmica, Comunicação Não Violenta, Gestão de empreendimentos Sociais, cursos sobre esses assuntos a serem realizados por diversos parceiros neste espaço.

http://todescansiciliano.com.br/


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Centro Educacional em Sustentabilidade

Centro Educacional em Sustentabilidade será inaugurado em outubro
Complexo público abrigará a nova sede da Fundação AlphaVille e usará de técnicas e práticas para que seja sustentável e referência na região

As obras de construção do Centro Educacional em Sustentabilidade (CES) já estão em ritmo de finalização para a inauguração, que ocorrerá em 10 de outubro. Localizado dentro do AlphaVille Burle Marx, o CES é um equipamento público - construído pela AlphaVille Urbanismo em parceria com o CRIS (Centro de referência e Integração em Sustentabilidade) e doado à prefeitura de Santana do Parnaíba - e será cedido em comodato para a Fundação AlphaVille para fins educacionais. A administração será quatripartite, feita pela prefeitura, Fundação, comunidade e parceiros locais.

O Centro tem como missão “ser desde a sua concepção um espaço de educação para a sustentabilidade com demonstrações e referencias práticas e teóricas sobre como podemos conviver em harmonia com todos os seres” e como visão “tornar-se uma referência na educação para a sustentabilidade, abrigando exemplos de experiências replicáveis, fomentando melhorias sociais, ambientais, econômicas e de visão de mundo”.

Seguindo as premissas de sua missão, o Centro já contou com oficinas de bioconstrução com o apoio do GAIA, o braço de educação para sustentabilidade da ONU (Organização das Nações Unidas) com temas como construção com encaixes de bambu, com uso de barro e também do biodigestor (equipamento onde a matéria orgânica é transformada em gás para uso como combustível). As oficinas contaram com a participação de estudantes e da comunidade e parcerias de profissionais ligados a cada atividade.

As parcerias começaram já na fase de construção e já envolvem dezenas de empresas, associações e instituições. Entre elas estão O Instituto Ambiental (OIA) que colaborou com o tratamento de esgoto do biossistema integrado; a organização sem fins lucrativos Permacultura, com a tecnologia para o tratamento da água da chuva e do esgoto, financiado pela Indústria Gráfica Brasil (IGB); a Zun, que colaborou com as estruturas de bambu; a Altercorp, que forneceu o equipamento para o funcionamento da energia eólica a preço de custo; a Construvan, que facilitou pagamento e entrega de tijolos de solo e cimento. A cúpula da sala de celebração foi uma parceria com Vitor Lotufo e Valmir Fachini e a madeira certificada é da empresa Ecolog. Entra as doações, a Ecolit, que doou placas feitas de aparas de tubo de creme dental, a Ekobe, que doou revestimentos de pastilhas de côco; a Lepri, que doou cerâmicas; a UBV, que doou vidros, a Forbo, que doou o piso Marmoleum, a Ciaform, que doou o piso de borracha reciclada, a Sansuy, que doou a colocação da manta para a impermeabilização do telhado; a Tetrapack, que doou material de caixas para a fabricação de divisórias. Ainda há outras parcerias para serem fechadas e realizadas.

Sustentável em diversas frentes - Outros dispositivos e tecnologias de geração de energia serão construídos no centro, ainda que para fins somente educativos, como gerador de energia eólica, solar, biodigestor, tijolos de solo cimento. No complexo, a água da chuva será reaproveitada, haverá teto verde - em que se aproveita a área para cultivo de plantas, melhorando a temperatura local e o aproveitamento de espaço, hortas e jardins serão plantados no conceito da permacultura e também haverá o sistema de banheiro seco, gerando economia de água e material orgânico para adubo.

Além da idéia do uso de embalagens Tetrapack, serão exploradas outras formas de reciclagem, com móveis feitos de pneus e o Desenvolvimento de manuais de produtos que podem ser confeccionados com reciclagem , uma parceria com um projeto de mestrado do CEFETde Curitiba (Centro Federal de Educação Tecnológica).

Depois de pronto, o CES usará seu espaço e a informática como ferramentas de Educação para Sustentabilidade, servirá de apoio para a reformulação do produto AlphaVille Escolas Ecológicas, envolverá os moradores do Burle Marx com o conceito programa “Construindo sua Vida em AlphaVille e as lideranças e comunidades locais com eventos de educação para a Sustentabilidade, buscando a Integração das comunidades com os moradores dos empreendimentos. Todos os eventos e cursos estarão permeados dos conceitos de Consumo Consciente, Liderança Sistêmica, Comunicação Não Violenta, Gestão de empreendimentos Sociais, cursos sobre esses assuntos a serem realizados por diversos parceiros neste espaço.

24/09/2008

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segunda-feira, junho 09, 2008