Todescan Siciliano

Todescan Siciliano
Arquitetura

quinta-feira, dezembro 11, 2008

Link da matéria: http://www.sampaonline.com.br/reportagens/passarelaverde2008nov14inauguracao.php
Foi inaugurada, hoje, em Pinheiros, a primeira "passarela verde" da cidadeNovembro 14, 2008
Gilberto Kassab participou hoje (14/11), junto a Zeca Rudge, vice-presidente de Pessoas, Comunicação e Sustentabilidade do Unibanco, da inauguração da primeira "passarela verde" de São Paulo. Instalada próximo da ponte Eusébio Matoso, a obra, que tem 95 metros de comprimento, liga as praças Eugene Boudin e Antonio Sabino, em Pinheiros (Zona Oeste).
A obra, resultado de uma parceria entre a Prefeitura, por meio da Subprefeitura Pinheiros, e o Unibanco, custou R$ 1,267 milhão, incluindo a reforma das praças e o aluguel de uma passagem provisória montada sobre a avenida Eusébio Matoso durante os quatros meses de execução da obra. O valor foi totalmente investido pelo Unibanco, cuja sede fica ao lado da passarela. O projeto está embasado em conceitos de sustentabilidade e de educação ambiental em toda a área. Seguem esse conceito características como o telhado verde que retém as impurezas do ar e reduz o calor urbano; piso de borracha produzido com reciclagem de pneus; calçamento do entorno permeável, que colabora para o escoamento da água; coletores de recicláveis para a separação dos resíduos, dentre outras. Aspectos de inclusão também foram adotados, como o piso de borracha para pessoas com deficiência e dois elevadores que garantirão acesso às pessoas com mobilidade reduzida, como idosos e cadeirantes. As laterais dos elevadores foram construídas com ecoplacas, chapas planas fabricadas com a reciclagem de tubos de pasta de dente.

Marcelo Todescan, o arquiteto responsável pelo projeto, disse que a obra "foi um desafio que o Banco deu para a gente: como revitalizar e trazer vida para este local que era tão deteriorado, desordenado e caótico?". Segundo Todescan, o conceito todo, que contemplava as exigências de sustentabilidade feitas pelo Unibanco, foi desenvolvido em quatro dias. "Todos os materiais utilizados foram ecologicamente corretos, na parte social foram selecionadas pessoas de famílias com uma ética responsável, as plantas são exemplares da mata atlântica original da região, para trazer a fauna de volta, e reordenar para que o ser humano que habita este espaço de São Paulo possa usá-lo de uma forma mais organizada, mais agradável apesar do fluxo intenso de carros".
O aspecto educativo também foi considerado pelos projetistas: "Muita gente nunca viu um painel solar acender uma lâmpada". Os painéis de bambu "pretendem demonstrar que é viável usar esse tipo de material em um lugar como este".
Kassab salientou a importância da parceria entre a Prefeitura e o banco, e enfatizou ainda que a sustentabilidade é uma marca de sua gestão. "Durante os próximos quatro anos vamos trabalhar muito em cima desta questão para que tenhamos uma cidade cada vez mais voltada para a sustentabilidade e, com isso, melhorar a questão do meio ambiente da cidade", disse ele.
Por último, o prefeito destacou o termo de conduta recentemente acordado entre a Prefeitura e o Ministério Público, que garantirá que futuras administrações garantam a manutenção dos equipamentos públicos.
http://www.revistaconstrucaoenegocios.com.br/materias.php?FhIdMateria=590
Comunidade de Heliópolis ganha escola com projeto da Todescan Siciliano
Neste sábado (29), a partir das 11h, a comunidade de Heliópolis receberá a nova escola de música do Instituto Baccarelli. Trata-se de um prédio de cinco andares e 2,8 mil m², resultado da primeira fase de construção de um projeto ambicioso de 6 mil m² no total. O local terá capacidade para atender 2,8 mil alunos – hoje, o Instituto atende 500 alunos.A nova escola foi criada com qualidade acústica específica para o ensino de música, algo inédito até hoje no Brasil. Terá salas de aulas "flutuantes", com isolamento acústico especial de piso, paredes, portas e janelas, além de ar condicionado silencioso – tudo pensado de forma a não gerar ruídos que atrapalhassem o aprendizado.O custo total da nova sede é de R$ 16 milhões – a 1ª fase da obra foi doada pela Pró-Vida (R$ 4,5 milhões) e a 2ª fase, prevista para o ano que vem, já conta com aporte de 4 milhões da Eletrobrás, mas ainda está em fase de captação para complementar 11,5 milhões por meio da Lei Rouanet.A cerimônia de entrega será na nova sede (Estrada das Lágrimas, 2.317 – Heliópolis), com a presença do secretário de Emprego e Trabalho do Estado, Guilherme Afif Domigos, do Secretário de Assistência e Desenvolvimento Social do Estado, Rogério Amato, do prefeito Gilberto Kassab, do secretário de Subprefeituras do Município, Andrea Matarazzo, do secretário Municipal de Educação, Alexandre Schneider, e do subprefeito do Ipiranga, Alexandre Aniz.As empresas responsáveis pelo projeto arquitetônico são a Todescan Siciliano Arquitetura, de Frank Siciliano, e ALS Arquitetura Design, da arquiteta Ana Lucia Siciliano.Projeto Arquitetônico - O projeto desenvolvido pela Todescan Siciliano Arquitetos e ALS Arquitetura Design, levou em consideração, principalmente, dois aspectos: a música e a faixa etária dos alunos: "O projeto deveria, acima de tudo, ser lúdico. Por isso, projetamos uma fachada de cores vivas que induz à idéia de ritmo e facilita a comunicação com o seu público", afirma o arquiteto Frank Siciliano.O espaço foi concebido para ter múltiplas funções, incluindo atividades para comunidade nos fins de semana, áreas de convivência para a família, refeitório, biblioteca e o bosque preservado. As salas para as aulas individuais podem ser também para o ensaio de quartetos e o palco além de servir para as apresentações, pode ser utilizado para os ensaios do coral. O prédio prevê instalações para aulas que complementam a educação escolar, como informática.Os arquitetos Frank Siciliano e Ana Lucia Siciliano desenvolveram um amplo trabalho de pesquisa acústica, incluindo uma visita à Julliard School, em Nova York, para trazer ao Instituto o que há de mais moderno e eficiente neste segmento. O projeto arquitetônico foi uma contribuição voluntária dos escritórios com o trabalho desenvolvido pelo Instituto Baccarelli.
http://www.asbea.org.br/asbea/assuntos/le_na_midia.asp?cid=3379
Primeira fase de projeto do instituto Baccarelli é finalizada na favela de Heliópolis
Eficiência no isolamento acústico foi o maior desafio para os arquitetos da Todescan Siciliano Arquitetos e ALS Arquitetura e DesignRafael FrankA nova sede do Instituto Baccarelli foi inaugurada no dia 27 de novembro, no meio da favela paulistana de Heliópolis. Os responsáveis pelo projeto e execução enfrentaram um desafio: criar um local de musicalidade para jovens carentes com isolamento acústico. A primeira fase do projeto, que possui 2,8 mil m², consumiu R$ 4,5 milhões.A nova edificação da ONG está em um terreno de 3 mil m², cedido em comodato pela prefeitura municipal de São Paulo. Em uma área de grande declividade, os arquitetos da Todescan Siciliano Arquitetos e ALS Arquitetura e Design optaram por aproveitar a característica do terreno e evitar movimentações de terra ao deixar parte do subsolo exposto. As árvores retiradas serão replantadas em uma praça que será criada na favela.O edifício possui cinco pavimentos e 20 salas de estudo individual, dez salas de aulas individuais, três salas de aulas coletivas, duas salas de aulas teóricas, uma sala para instrumentos, biblioteca, pátio, sala de ensaio para coro e outra para orquestra, além de uma cozinha com refeitório com capacidade de servir 400 refeições por turno. Essa estrutura permitirá a formação de 2,8 mil jovens músicos e a realização de 10 mil atendimentos - há jovens que realizam mais de uma atividade. No antigo galpão do Instituto, a capacidade era de 500 jovens e 700 atendimentos.Por se tratar de uma escola de música, o maior desafio do projeto foi o tratamento acústico. Nenhuma das salas possui paredes paralelas, todas têm angulação para evitar eco e reverberações. "A elaboração do projeto foi um verdadeiro quebra-cabeça. Chegamos a visitar a Julliard School (renomado centro de estudos musicais nova-iorquino) para saber se estávamos no caminho certo", disse a arquiteta Ana Lúcia Siciliano." Tecnicamente, podemos dizer que o instituto Baccarelli se equipara à escola americana", complementou Frank Siciliano, também responsável pelo projeto arquitetônico.O projeto ainda previu três níveis de isolamento acústico. No primeiro andar, as salas de aula receberam apenas uma massa corrida mais espessa. "O local é para iniciação, não é necessário investir tanto na questão acústica pelos instrumentos utilizados. A criança também pode ficar inibida em uma sala com acústica ideal. O erro dela fica mais evidente e pode desestimulá-la", explica Siciliano.No segundo pavimento, foram empregadas paredes com drywall, lã de rocha e alvenaria. Há também portas duplas para melhor isolamento e painéis de cyber sound foram usados para absorver o som. O terceiro andar é reservado aos músicos mais experientes e recebeu tratamento anti-vibração no piso. Acima da laje, foi acrescentada uma camada de neopreme que receberá uma segunda laje e, acima, um piso elevado.O projeto do sistema de ar-condicionado também considerou a acústica. Para que os dutos não propagassem o som dos instrumentos, cada sala possui climatização independente. A casa de máquinas também recebeu isolamento e o equipamento adquirido emite baixo nível de ruído.Situado em uma área de grande aglomeração e de muita poluição sonora, também foi necessário eliminar ruídos externos. Além da alvenaria, optou-se por vidros laminados com diferentes espessuras para controlar a entrada e até mesmo a saída do som. "Não poderíamos gerar desconforto para os vizinhos", afirmou Ana Lúcia.Próxima etapaO projeto tem 6 mil m² de área construída e custo estimado em R$ 16 milhões. Serão ainda executados 3,2 mil m² em duas edificações que terão uma sala de concertos com capacidade para 580 lugares, cinco salas para ensaios em grupo, sete camarins, uma sala de figurinos, de percussão, de aquecimento, para maestro e o setor administrativo. "A sala de ensaio para orquestra é do mesmo tamanho da área de apresentação da sala de concerto. Na instalação aproveitaremos a inclinação do terreno para fazer a área do público", comentou Siciliano.A obra foi iniciada há 11 meses e foi doada pela Central Geral do Dízimo (CGD), ONG ligada ao instituto Pró-Vida. A segunda fase deverá ser iniciada em 2009 e já conta com R$ 4 milhões da Eletrobrás. Os R$ 7,5 milhões restantes ainda estão em fase de captação por meio da Lei Rouanet.A intervenção na região atraiu a atenção do Poder Público, que criará o Pólo Educacional de Heliópolis - que terá três creches, duas escolas públicas, uma escola técnica (FATEC) e um centro de convenções com cinema, teatro e galeria de arte. As obras desses empreendimentos já estão em andamento.