Todescan Siciliano

Todescan Siciliano
Arquitetura

quinta-feira, outubro 09, 2008

Conferências de Sustentabilidade Alphaville de abril a junho

Conferências de Sustentabilidade Alphaville de abril a junho

PDF Imprimir E-mail
A Fundação AlphaVille – braço social da AlphaVille Urbanismo, intensifica o trabalho de sustentabilidade da empresa. Para tanto, realizará um ciclo de
conferências, em parceria com o CRIS – Centro de Referência e Integração para Sustentabilidade e Gaia Education – braço educacional da ONU. A série de eventos reunirá os principais nomes de referência na área da sustentabilidade, voltados ao fomento destes conceitos ao redor do mundo. No total, serão quatro grandes temas referentes às instâncias da sustentabilidade: Social, Ambiental, Econômico e de Visão de Mundo. “O objetivo do evento é alcançar melhores práticas e difusão do conceito de sustentabilidade, não só internamente, como também junto a esferas da iniciativa privada e órgãos governamentais”, explica a diretora da Fundação AlphaVille Mônica Picavea.

Ecovilas e novo urbanismo “As novas fronteiras da sustentabilidade” é o tema da primeira conferência, a ser realizada no dia 07 de abril, em São Paulo, conduzida pela educadora e consultora, May East, que trabalha com movimento global de ecovilas e novo urbanismo. May East é responsável pelas relações interinstitucionais entre a Rede Global de Ecovilas e a ONU, além de ser diretora de relações da Ecovila Findhorn Foundation, na Escócia, onde mora há 15 anos e coordena os programas de educação para sustentabilidade.

May é CEO do CIFAL Findhorn – Centro de Treinamento de Autoridades Locais Associado a UNITAR – Instituto de Treinamento e Pesquisa das Nações Unidas. Próximas conferências Maio: Johnatann Dawson, presidente da Rede Global de Ecovilas (GEN) e secretário-executivo da GEN-Europe, apresenta o tema: “Soluções para sustentabilidade no desenvolvimento econômico global”.

Dawson atua há mais de 20 anos em desenvolvimento econômico de comunidades na África e América do Sul, trabalhando com as Nações Unidas e agências governamentais e não-governamentais. Há seis anos, vive na Ecovila Findhorn, onde vem colaborando para estabelecer a moeda alternativa da comunidade (EKO) e ensinando Sustentabilidade Aplicada e Sustentabilidade Econômica.

Junho: Michael Shaw, engenheiro, com atuação em design ecológico, fala sobre “Soluções para uma Cidade Sustentável – gestão de resíduos, como água, esgoto e lixo”. Shaw é membro fundador do Ecovillage Institute em Findhorn e é um dos diretores da Findhorn Foundation. Desenvolveu e implementou vários sistemas naturais de tratamento e recuperação de águas servidas, incluindo os “restorers” (técnica de restauração de solo para conteção de águas).

Julho: Peter Webb, especialista em horticultura sciense e agricultura biodinâmica, apresenta o tema “Restauração da Natureza – uma atividade sustentável”. Webb é australiano, estudou permacultura. No Brasil tem desenvolvido projetos de agroflorestas, agricultura sustentável, consultoria ambiental, paisagismo, cirurgia em árvores e reflorestamento.

Conferência “As novas fronteiras da sustentabilidade” Data: 07/04/2008, às 9h Local: Centro de Eventos Rio Negro Alameda Rio Negro, 585 -AlphaVille – Barueri – SP (Confirmação de presença para imprensa: clara@claracomunicacao.com.br ou pelo telefone (11) 3667-9136)

Maior empresa brasileira em seu setor de atuação, a AlphaVille Urbanismo está presente, hoje, em 37 cidades de 17 estados brasileiros. A marca tornou-se referência de qualidade de vida, graças aos seus complexos urbanísticos, cujos projetos contemplam a integração de moradia, lazer, serviços e permanente contato com a natureza. Criada em 2000, a Fundação AlphaVille atua junto à comunidades de entorno aos empreendimentos da marca, com projetos de geração de renda, educação ambiental e capacitação profissional, entre outras missões.


http://www.revistafatorbrasil.com.br/ver_noticia.php?not=42739


http://folhadealphaville.uol.com.br/noticia/default.asp?id=442008132518


http://www.paginasdinamicas.com.br/ecopress/pg_dinamica/bin/pg_dinamica.php?id_jornal=2&id_noticia=26511&id_pag=22

http://eleicao.maxgov.com.br/noticia-boxsa.asp?TIPO=CE&SQINF=322918

04/06/08 - Integração de sistemas é o novo desafio da sustentabilidade

04/06/08 - Integração de sistemas é o novo desafio da sustentabilidade



Um público muito atento ouviu o engenheiro escocês Michael Shaw relatar, ontem (02/06), que visitou há pouco a China, onde uma prefeitura pediu-lhe ajuda para transformar a cidade na "mais verde" do país; já na Escócia, onde vive, acaba de ser aprovado um grande fundo para as as cidades que estão adotando politicas sustentáveis frente aos novos tempos de aquecimento global, as chamadas "cidades de transição"; e Porto Alegre, a cidade do mundialmente famoso José Lutzenberger, citado por ele, promove uma Semana do Meio Ambiente em que é chamado para falar da sustentabilidade.

Não são fatos isolados, comentou, configuram isto sim um momento crucial no mundo, em que as mudanças climaticas e a crise energética pressionam por saídas urgentes e fazem emergir um cultura da sustentabilidade. "O pico (do uso) do petróleo está nos levando a uma cultura da sustentabilidade, a uma necessidade da sustentabilidade, na energia, na produção de comida, nos transportes, na forma como lidamos com nossos resíduos, e é importante que tudo isso seja integrado num sistema único", afirmou.

Shaw é diretor do The Ecovillage Institute, um centro internacional de engenharia e designer ecológico com sede na Findhorm Ecovillage – a mais famosa ecovila do mundo –, na Escócia, onde vive há 15 anos. "Este é um momento de transição e o desafio é sermos propostitovos, não há mais tempo para ficarmos presos a velhas fórmulas. Nos próximos 30 anos teremos de diminuir 55% a emissão de gás carbônico, hoje se emite três toneladas/ano por pessoa, principalmente na América do Norte e EStados Unidos", destacou.

"Como fazer isso? Com cortes no uso de energia, menos uso de combustíveis fósseis, baixa produção de carbono", respondeu. "Precisamos, então, pensar e planejar para a sustseantbilidade", acrescentou, observando que seis graus a mais na temperatura global já fariam desaparecer debaixo dágua Porto Alegre e o lugar onde ele mora.

Tratamento Natural de Água e Esgoto

A seguir, apresntou o que é a sua grande especialidade, o tratamento natural/sustentável de água e esgotos, apenas com recursos biológicos, sem nada de produtos químicos, como as plantas com raízes onde se multiplicam bactérias que retiram os poluentes da água, microorganismos diversos, pequenos peixes e brita.

Projetos assim ele já implantou nos EStados Unidos, Ìndia, China, países da Euroopa e numa grande fábrica de alimentos para animais em São Paulo. Tudo a um custo de investimento bem menor, com menos ou até nenhum consunmo de energia, sem cheiro (!) e de manutenção mais fácil que as convencionais lagoas de decantação, onde são empregadas grandes quantidades de substâncias químicas, com alto consumo de energia e funcionamento complicado.

O investimento e o custo de manutenção variam conforme a disponibiliidae de terra e o tipo de poluição da água. Existem então dois sistemas básicos de tratamento sustentável, explicou, um para regiões com bastante terra disponível e outro para áreas menores, como dentro de cidades, onde os sistemas precisam ser compactos. Onde há bastante terra, como em praticamente todas as cidades do o Brasil, a engenharia é muito simples, pode-se usar áreas alagadas, com a construção de uma "piscina", a um custo muito baixo para o tratamento da água e do esgoto.

À medida que os sistemas ficam menores, mais compactos, por falta de áreas disponíveis, onde a terra é cara, é preciso uma outra técnica, mas nunca mais cara que as tradicionais, assinala. "Não há custo de produtos químicos, a geração de lodo é muito pequena, o que torna a manutenção muito simples, e ainda tem uma beleza, são sistemas muito bonitos (por causas das plantas)", explica. "Se a terra custar menos de um milhão de dólares o hectare (isso mesmo, um milhão de dólares) o sistema natural sempre vai ser mais barato", garantiu.

E pode funcionar no meio de uma cidade, de um bairro, pois não exala mau cheiro algum, já que as bactérias são aeróbicas – usam oxigênio para se multiplicar. Na fábrica de Mogi Mirim, por exemplo, o sistema natural funciona há nove anos com um grau de eficiência de 99,98% na taxa de retirada de poluentes. Num hospital de Anantapur, na Índia, que faz tratamento de portadores de HIV, usando brita e plantas escolhidas para o ambiente local, a água sai totamente limpa e sem a presença do vírus, tanto que é usada na irrigaçãode plantações.

Despoluição de Rios na China

Na China, em Fizhon, uma cidade industrial, um rio está sendo despoluído e outro será despoluído no país em breve com os mesmos principios sustentáveis de engenharia e design. Nos vários canais onde mais de um milhão de habitantes despejam seus dejetos, foram instaladas umas espécies de ilhas flutuantes, com as plantas grudadas a filmes submersos e em cujas raízes se multiplicam as bactérias, que fazem a limpeza da água.

Elas são aeróbicas (utilizam oxigênio, por isso não exalam cheiro) e recebem o oxigênio através de aeradores embaixo dágua, que assim não fazem barulho bombeiam o ar da superfície. Como são flutuantes, as "ilhas" sobem ou descem conforme o volume do canal. O custo, no caso, é de 50 mil dólares, R$ 75,00 a R$ 80,00 por pessoa. e cerca de um Kilowat/hora de consumo de energia. Há canais muito semelhantes no RJ, SP e Porto Alegre que poderiam receber sistemas semelhantes, assinalou.

À pergunta de um representante do Sindicato da Indústria da Construção Civl (Sinduscon), ele acrescentou que é possível um tratamento descentralizado de esgotos em prédios e condomínios de 200 a 300 pessoas, de até 20 andares, em sistemas pequenos de 600 metros quadrados, que poderiam ser integrados como parte dos próprios prédios, cuja água resultante poderia ser usada nas descargas, jardins, lavagem de carros e outras utilidades, menos higiene pessoal e cozinha. "É muito fácil reciclar para as descargas", informou.

Outro exemplo bastante detalhado por Shaw é o de Harlow North, uma cidade totalmente planejada e totalmente sustentável, que será construída nos próximos anos com financiamento da British Petroleum, inicialmente para 25 mil habitantes e projeção para chegar a 65 mil. Ali deverá acontecer a integração total dos sistemas sustentáveis, energia, água, esgotos, produção de alimentos, manejo de resíduos, que é o novo desafio dos desenhos de sustentabilidade, conforme repetiu nas entrevistas que concedeu. Como a disponibilidade de água no local é de 50 litros/dia por pessoa – a média normal seria 200 litros – até mesmo as estradas serão construiídas de forma a reaproveitar a água da chuva. "É um grande desafio levando em conta o tamanho da cidade, visando o uso mínimo de energia, água, dos recursos para tratar os dejetos e assim por diante. Nas tecnologias não há nada de novo, o nosso desafio é colocar tudo junto", explicou.

Michael Shaw foi trazido a Porto Alegre pelo diretor do Centro de Referência em Integração e Sustentabilidade (CRIS), engenheiro Jorge Geras, a convite da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam), para ser o palestrante de abertura oficial da Semana do Meio Ambiente, no auditório do Colégio Militar. O prefeito José Fogaça discursou exaltando a importância do evento e do convidado e depois se retirou para outro compromisso. Michael e Geras tinham reunião agendada com a equipe técnica do Departametno Municipal de Água e Esgotos (Dmae) no início da tarde, que foi cancelada sem maiores explicações.

Texto de Ulisses A. Nenê para a EcoAgência.


Fonte: EcoAgência http://www.carbonobrasil.com/news.htm?id=514141

I Conferência de Sustetabilidade AlphaVille - Ecovilas e novo urbanismo

I Conferência de Sustetabilidade AlphaVille


Ecovilas e novo urbanismo é o tema de abertura de evento realizado pela Fundação AlphaVille, em parceria com o Gaia Education, braço educacional da ONU, e o CRIS ? Centro de Referência e Integração para Sustentabilidade

Ecovilas e novo urbanismo é o tema de abertura de evento realizado pela Fundação AlphaVille, em parceria com o Gaia Education, braço educacional da ONU, e o CRIS ? Centro de Referência e Integração para Sustentabilidade


A Fundação AlphaVille ? braço social da AlphaVille Urbanismo, intensifica o trabalho de sustentabilidade da empresa. Para tanto, realizará um ciclo de conferências, em parceria com o CRIS ? Centro de Referência e Integração para Sustentabilidade e Gaia Education ? braço educacional da ONU. A série de eventos reunirá os principais nomes de referência na área da sustentabilidade, voltados ao fomento destes conceitos ao redor do mundo. No total, serão quatro grandes temas referentes às instâncias da sustentabilidade: Social, Ambiental, Econômico e de Visão de Mundo. ?O objetivo do evento é alcançar melhores práticas e difusão do conceito de sustentabilidade, não só internamente, como também junto a esferas da iniciativa privada e órgãos governamentais?, explica a diretora da Fundação AlphaVille Mônica Picavea.

Ecovilas e novo urbanismo

As novas fronteiras da sustentabilidade? é o tema da primeira conferência, a ser realizada no dia 07 de abril, em São Paulo, conduzida pela educadora e consultora, May East, que trabalha com movimento global de ecovilas e novo urbanismo. May East é responsável pelas relações interinstitucionais entre a Rede Global de Ecovilas e a ONU, além de ser diretora de relações da Ecovila Findhorn Foundation, na Escócia, onde mora há 15 anos e coordena os programas de educação para sustentabilidade. May é CEO do CIFAL Findhorn ? Centro de Treinamento de Autoridades Locais Associado a UNITAR ? Instituto de Treinamento e Pesquisa das Nações Unidas.

Próximas conferências

Maio: Johnatann Dawson, presidente da Rede Global de Ecovilas (GEN) e secretário-executivo da GEN-Europe, apresenta o tema: ?Soluções para sustentabilidade no desenvolvimento econômico global?. Dawson atua há mais de 20 anos em desenvolvimento econômico de comunidades na África e América do Sul, trabalhando com as Nações Unidas e agências governamentais e não-governamentais. Há seis anos, vive na Ecovila Findhorn, onde vem colaborando para estabelecer a moeda alternativa da comunidade (EKO) e ensinando Sustentabilidade Aplicada e Sustentabilidade Econômica.

Junho: Michael Shaw, engenheiro, com atuação em design ecológico, fala sobre ?Soluções para uma Cidade Sustentável ? gestão de resíduos, como água, esgoto e lixo?. Shaw é membro fundador do Ecovillage Institute em Findhorn e é um dos diretores da Findhorn Foundation. Desenvolveu e implementou vários sistemas naturais de tratamento e recuperação de águas servidas, incluindo os ?restorers? (técnica de restauração de solo para conteção de águas).

Julho: Peter Webb, especialista em horticultura sciense e agricultura biodinâmica, apresenta o tema ?Restauração da Natureza ? uma atividade sustentável?. Webb é australiano, estudou permacultura. No Brasil tem desenvolvido projetos de agroflorestas, agricultura sustentável, consultoria ambiental, paisagismo, cirurgia em árvores e reflorestamento.

Conferência ?As novas fronteiras da sustentabilidade?
Data: 07/04/2008, às 9h
Local: Centro de Eventos Rio Negro
Alameda Rio Negro, 585 -AlphaVille ? Barueri ? SP
(Confirmação de presença para imprensa: clara@claracomunicacao.com.br ou pelo telefone (11) 3667-9136)

AlphaVille Urbanismo
Maior empresa brasileira em seu setor de atuação, a AlphaVille Urbanismo está presente, hoje, em 37 cidades de 17 estados brasileiros. A marca tornou-se referência de qualidade de vida, graças aos seus complexos urbanísticos, cujos projetos contemplam a integração de moradia, lazer, serviços e permanente contato com a natureza. Criada em 2000, a Fundação AlphaVille atua junto à comunidades de entorno aos empreendimentos da marca, com projetos de geração de renda, educação ambiental e capacitação profissional, entre outras missões.

Mais informações à imprensa: CLARA Comunicação
Neide Costa/ Michele Vitor / Clarice Caldas
Tel. (11) 3667-9136, 3667-4065
E-mail: clara@claracomunicacao.com.br

http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/04/416220.shtml

A sustentabilidade deve ser planejada

MICHAEL SHAW

A sustentabilidade deve
ser planejada


Em 1972, Michael Shaw era um promissor engenheiro de uma grande indústria de construção. Havia tomado um avião de Sidney para Londres, onde morava, quando resolveu dar uma espiada no livro Limits to Growth (Os limites do crescimento, de Donella e Dennis Meadows) que acabara de ganhar de presente. O impacto que lhe causou a leitura transformou sua vida. Do alto do avião, ele descobriu que com seu trabalho estava destruindo o planeta ao retirar da natureza todo tipo de recursos naturais, sem se preocupar com o futuro. “Coincidentemente, estava voando sobre a Ásia, a Índia e a Europa e pude ver o tamanho da destruição”, lembra. Descobriu que não podia mais investir sua vida nesta atividade. Em 1974, comprou cem cópias do livro e distribuiu para antigos clientes, despediu-se do trabalho na indústria, e partiu para uma jornada em busca de alternativas. Mudou-se para uma ecovila, a Findhorn, na Escócia, da qual tornou-se um membro atuante. Fundada há 46 anos, a Findhorn é um exemplo de sustentabilidade no mundo. Lá, fundou o Ecovillage Institute e tornou-se diretor da Findhorn Foundation. O engenheiro inquieto que desceu do avião com um pensamento diferenciado, aos 69 anos virou uma referência em design integrado e tem ajudado a construir sistemas ecológicos de tratamento e recuperação de esgotos de baixo custo e eficiência comprovada. “Com o aquecimento global, e todos seus efeitos conhecidos, a emissão de toneladas de gás carbônico por pessoa, precisamos de alternativas”, diz Shaw. “Há uma necessidade de planejar a sustentabilidade, desde a energia que usamos nos prédios, a comida que plantamos, os transportes, e a forma como lidamos com os dejetos. É importante que tudo seja concentrado num sistema único”. Seus projetos estão na Rússia, na Índia, na China, nos Estados Unidos e, inclusive, no Brasil. Atualmente, entre outros trabalhos, está ajudando a planejar uma cidade-modelo em Harlow North, no sul de Londres. Shaw falou ao Extra Classe após fazer a palestra de abertura da Semana de Meio Ambiente de Porto Alegre, no dia 2 de junho.

Por Clarinha Glock

Extra Classe – Qual a diferença entre a experiência em Findhorn e a experiência que você tinha antes?
Michael Shaw
– Foi um tipo de “alívio” dar um passo para fora da corporação. Eu ganhava milhões de dólares por ano, mas me dei conta de que estava no caminho errado. É difícil descrever Findhorn. Na época, eram 250 a 270 pessoas que trilhavam um caminho particular, filosófico, espiritual e ao mesmo tempo havia uma cooperação grande entre elas. Costumávamos chamar de um “experimento em vivência cooperativa”. Antes de eu entrar para Findhorn, eu estava muito focado nas coisas fora de mim: estava na indústria de construção, vivia em Londres. Findhorn tem a ver com um olhar para dentro de mim mesmo e com a descoberta do que eu sou como um ser humano e como parte da consciência.

EC – E como estas pessoas influenciaram seu trabalho de agora?
Shaw
– Acho que tenho uma atitude mais impessoal com meu trabalho. Não existe tanto o “eu”. É como a ecologia acontece. Não significa que você perde a sua identidade, mas há mais consciência do que identificação com o indivíduo. É muito mais fácil se envolver com algo maior, não só com o meu pequeno mundo.

EC – Que soluções Findhorn encontrou que podem ser disponibilizadas para outros grupos?
Shaw
– Findhorn tem uma longa história de cooperação com natureza, em muitos modos. É diferente de dominar ou usar a natureza, ou ser dominado por ela. É ter a natureza como uma parceira, uma professora. Pode-se aprender com seus processos, sintonizar com a terra, sentar em silêncio e ouvir. Você recebe isso espontaneamente, intuitivamente. Por exemplo: estávamos construindo uma nova área para concertos. E eu estava trabalhando na parte elétrica do edifício. E o arquiteto, que era mais velho que eu, decidiu que não haveria telefones no edifício. E a razão era que, se houvesse telefones, não se estaria usando as habilidades intuitivas para se comunicar. Se houver um telefone, você apenas vai levantar o telefone e discar. Se não houver, e você estiver no lugar certo e na hora certa, poderá falar com alguém. Esta é uma arte, ele disse, que você precisar refinar. Lembro que uma vez quebrou uma peça e eu precisava achar outra para substituir. E havia um grande almoxarifado bem organizado, e no departamento em que estava trabalhando naquela é poca eu perguntei: como acho esta peça? E ele disse: “Não tenho idéia. Você só tem que entrar na sala, fechar seus olhos, e usar sua intuição”. Eu pensei: isto é loucura, mas vou tentar. Entrei na sala, fechei meus olhos, peguei a peça, e era a certa.

EC – Como equilibrar esse respeito à natureza com os princípios do Capitalismo, sem se tornar um radical?
Shaw
– Existe um entendimento, mesmo no Ocidente, de que o Capitalismo tem mais de um foco de interesse. Tem o financeiro que algumas pessoas pensam que é o único. E você pode jogar este jogo, ou não. Mas é preciso haver um equilíbrio, e acho que existe uma consciência crescente, mesmo nos países mais capitalistas, de que se não se adotar mais projetos sustentáveis, haverá uma perda. O projeto com que eu e Jorge Geras nos envolvemos na Amazônia previa tratar e reciclar a água de volta para a terra, em áreas completamente destruídas pela criação de gado, que estavam desertas, na cidade de Parauapebas. A idéia era retomar a floresta. Politicamente, o contratante decidiu não fazer isso. Interessava mais a ele manter o controle sobre a á gua. O projeto não aconteceu. Teria um custo, seria muito menor para fazer o que sugeríamos, mas era uma questão de controle e poder.

EC – O senhor desenvolveu sistemas ecológicos eficientes e baratos para tratamento de água e esgotos. Qual seria o sistema mais recomendável para cidades como Porto Alegre ou São Paulo?
Shaw
– De modo geral, tem que levar em conta a cultura local de sustentabilidade. Se as administrações passadas não fizeram projetos sustentáveis, vai custar muito mais dinheiro agora do que custaria há dez anos. Mas não se pode mais dizer: vamos deixar para as próximas gerações fazerem, ou para o próximo prefeito. O design atual de sistemas de tratamento vai depender da realidade de cada cidade. Se for construir um sistema numa área nova, é relativamente mais fácil. Você pode criar a infra-estrutura, reciclagem, isso tudo é parte do design. Se for em uma parte da cidade que não tem nenhum tratamento, então tem que ser muito pragmático, avaliar se tem terra suficiente, financiamento e todo o resto. De uma forma geral, o que eu encorajaria é fazer em pequenas áreas, em vez de fazer algo massivo. Em vez de investir num sistema de 100 milhões de dólares, faça em 2 milhões de dólares, em partes, e ao menos mantenha o projeto em andamento, uma parte por vez. Fazendo desta forma, descentralizada, mas conectada uma com a outra, você pode fazer a reciclagem com um envolvimento local.

EC – O modelo utilizado, por exemplo, na China, poderia ser reproduzido em capitais e cidades brasileiras?
Shaw
– Claro. Primeiro você tem que fazer uma pesquisa para saber qual é o problema. E é muito difícil saber isso, a não ser que você coloque instrumentos na água e meça o nível de poluição. Nós temos de medir a velocidade da água em cada seção, a cada 15 metros, para traçar um perfil. E tirar amostras químicas nestas áreas. Na China, vários canais recebem dejetos de milhões de pessoas. Mesmo no Brasil há muitas favelas que recebem os dejetos das cidades De que forma podemos atacar estes problemas? Usando engenharia ecológica: utilizando os seres vivos na água para fazer o tratamento da própria água. Para tratar a água poluída num rio ou num canal, você tem adicionar oxigênio. As bactérias que fazem a limpeza precisam de oxigênio. Esse sistema é constituído de forma a filtrar o cheiro que seria exalado pela água poluída. As bactérias se fixam nas raízes da plantas. Usamos um sistema de ilhas flutuantes, que acompanham a elevação do nível das águas. Existe uma camada submersa de areadores, que ejetam ar na superfície. Como é embaixo da água, não fazem barulho. Ali há bactérias que crescem, plantadas como se fosse um jardim. As plantas têm duas funções: as que têm suas raízes na água servem para que as bactérias que se alimentam da poluição se fixem nelas. E as que estão na superfície são também muito eficientes para fixar energia fotossintética e transformá-la em enzimas que as bactérias gostam, produzindo colônias maiores. As bactérias fazem o tratamento. Este sistema pode ser usado em qualquer lugar e em grandes extensões também. Vou agora a Budapeste, porque existe lá um grande lago a ser tratado. O proprietário só poderá desenvolver algo em torno deste lago e deste canal se fizer o tratamento. Vamos limpá-lo e permitir que desenvolva. É um modelo muito econômico. Pela minha experiência, posso dizer que é mais barato que construir um sistema tradicional. Custa cerca de R$ 75 por pessoa, enquanto um sistema normal custaria o dobro, porque teria de construir os tanques. A energia usada é de um kilowat por hora, o que não é muito.

EC – E este sistema pode ser usado mesmo em áreas muito contaminadas por poluição industrial?
Shaw
– A demanda de oxigênio bioquímico é uma medida da poluição. O sistema de areação vai colocar mais oxigênio para atender à demanda. Uma tragédia (como a falta de oxigênio que causa a mortandade de peixes) pode atrapalhar um pouco o sistema, e demorar mais, mas ele vai compensar a falta de oxigênio.

EC – O senhor está ajudando a construir uma nova cidade no sul de Londres, Harlow North. Qual é o objetivo desta cidade?
Shaw
– Muitas pessoas aposentadas tinham propriedades, porque era um investimento seguro. The British Petroleum Pension Fund tinha esta terra há 30 anos. O governo de Londres disse que era preciso aumentar o número de moradias. Fomos contratados como consultores para desenvolver uma cidade ecológica, carbo neutra (sem emissão de carbonos) porque esta é uma green zone (área verde). A cidade é dividida em distritos, e cada distrito tem cerca duas mil casas. Cada uma tem tratamento de água e esgoto, interconectados. A água potável vai vir de poços. E a água não potável será reaproveitada da chuva e de esgoto tratado para lavar carros, dar descarga de banheiro, limpar ruas. Num primeiro momento, vão morar lá 25 mil pessoas. Há uma integração entre o sistema de energia, de transporte e de dejetos. Não há nada novo, mas colocando tudo junto, o cálculo é de que haja uma economia de 10% do custo normal. É um plano audacioso, que está aguardando regulação.

Design integrado amplia resultados
O engenheiro Michael Shaw tem como parceiro no Brasil o Centro de Referência e Integração em Sustentabilidade (Cris), com sede em São Paulo. O centro dirigido por Jorge Geras desenvolve projetos na área de Design Integrado de Sustentabilidade. O “desenho integrado” consiste em reunir a experiência de engenheiros, arquitetos, educadores, comunicadores, especialistas em energia e permacultura, e outros, para desenvolverem juntos um projeto. Foi assim que surgiu o Hotel SPAventura, em Ibiúna, São Paulo.

“Antes de iniciar, a gente chamou o índio Kaka Werá, que descobriu os “chacras” do lugar onde nós iríamos construir o hotel. Kaká Werá, que é considerado um especialista em difusão de valores sagrados e da medicina da cultura indígena no Brasil, disse: ‘aqui não é melhor lugar para construir’, e nós mudamos o plano inicial, respeitando seu conhecimento”, relata Geras. O desenho arquitetônico dos chalés do hotel foi inspirado nas folhas das árvores que existem no local. Um mapeamento do entorno revelou que a população ao redor do empreendimento formava o maior pólo de produtores de alimentos orgânicos e esta característica também foi levada em conta no projeto.

Geras explica que, quando se planeja, por exemplo, um painel solar, ele pode ser inviável economicamente para uma casa isolada. “Mas a gente acabou de colocar no Instituto Baccarelli de Música energia solar com biodigestor integrado, aí foi economicamente viável. Fomos questionados pelo Grupo Votorantim sobre como havíamos conseguido viabilizar a energia solar. Na realidade, conseguimos integrar os conhecimentos e as tecnologias”, explica. “Nosso interesse maior é fomentar a sustentabilidade do ponto de vista prático, unindo construção, serviços, tudo, dando mais funções para o mesmo projeto”. (Clarinha Glock)

http://www.sinpro-rs.org.br/extraclasse/jun08/entrevista.asp

CMPA sedia a abertura da 24ª Semana do Meio Ambiente de Porto Alegre

CMPA sedia a abertura da 24ª Semana do Meio Ambiente de Porto Alegre PDF Imprimir E-mail
Por Cel Araujo
02 / 06 / 2008
Com o tema "Sustentabilidade Urbana", foi aberta em 02 de junho a 24 ª Semana do Meio Ambiente de Porto Alegre.

O evento ocorreu no Salão Brasil do Colégio Militar de Porto Alegre, com a presença do Dr. José Fogaça, Prefeito Municipal, do Cel Paulo Contieri, Comandante do CMPA, do Vereador Carlos Roberto Comassetto, do Sr. Maurício Fernandes da Silva, Supervisor Municipal do Meio Ambiente, e do Sr. Franco Werlang, ex-aluno e Vice-Presidente da Fundação Gaia.

Seguindo-se aos atos formais de abertura, houve a palestra do Eng. Michel Shaw, especialista escocês em tratamento de águas. Ao final, após um momento artístico, os convidados foram brindados com um coquetel.

O CMPA é parceiro da SMAM nas atividades da 24ª Semana do Meio Ambiente.

Confira, após as fotos, a programação completa da Semana.

Integração de sistemas é o novo desafio da sustentabilidade

Integração de sistemas é o novo desafio da sustentabilidade


Opinião é do engenheiro escocês Michael Shaw, que também apresentou no Brasil tecnologias sustentáveis para o tratamento natural de água e esgoto

Foto: Envolverde
Integracao-do-sistema.jpg
Shaw é diretor do The Ecovillage Institute, um centro internacional de engenharia e design ecológico com sede na Findhorm Ecovillage, na Escócia

03/06/2008 -
Um público muito atento ouviu o engenheiro escocês Michael Shaw relatar, nesta terça-feira (02/06), que visitou há pouco a China, onde uma prefeitura pediu-lhe ajuda para transformar a cidade na “mais verde” do país; já na Escócia, onde vive, acaba de ser aprovado um grande fundo para as as cidades que estão adotando políticas sustentáveis frente aos novos tempos de aquecimento global, as chamadas “cidades de transição”; e Porto Alegre, a cidade do mundialmente famoso José Lutzenberger, citado por ele, promove uma Semana do Meio Ambiente em que é chamado para falar da sustentabilidade.

Não são fatos isolados, comentou, configuram isto sim um momento crucial no mundo, em que as mudanças climaticas e a crise energética pressionam por saídas urgentes e fazem emergir um cultura da sustentabilidade. “O pico (do uso) do petróleo está nos levando a uma cultura da sustentabilidade, a uma necessidade da sustentabilidade, na energia, na produção de comida, nos transportes, na forma como lidamos com nossos resíduos, e é importante que tudo isso seja integrado num sistema único”, afirmou.

Shaw é diretor do The Ecovillage Institute, um centro internacional de engenharia e designer ecológico com sede na Findhorm Ecovillage – a mais famosa ecovila do mundo – na Escócia, onde vive há 15 anos. ”Este é um momento de transição e o desafio é sermos propositivos, não há mais tempo para ficarmos presos a velhas fórmulas. Nos próximos 30 anos teremos de diminuir 55% a emissão de gás carbônico, hoje se emite três toneladas/ano por pessoa, principalmente na América do Norte e Estados Unidos”, destacou.

”Como fazer isso? Com cortes no uso de energia, menos uso de combustíveis fósseis, baixa produção de carbono”, respondeu. “Precisamos, então, pensar e planejar para a sustentabilidade”, acrescentou, observando que seis graus a mais na temperatura global já fariam desaparecer debaixo d'água Porto Alegre e o lugar onde ele mora.

Tratamento Natural de Água e Esgoto

A seguir, apresentou o que é a sua grande especialidade, o tratamento natural/sustentável de água e esgotos, apenas com recursos biológicos, sem nada de produtos químicos, como as plantas com raízes onde se multiplicam bactérias que retiram os poluentes da água, microorganismos diversos, pequenos peixes e brita.

Projetos assim ele já implantou nos Estados Unidos, Ìndia, China, países da Europa e numa grande fábrica de alimentos para animais em São Paulo. Tudo a um custo de investimento bem menor, com menos ou até nenhum consumo de energia, sem cheiro (!) e de manutenção mais fácil que as convencionais lagoas de decantação, onde são empregadas grandes quantidades de substâncias químicas, com alto consumo de energia e funcionamento complicado.

O investimento e o custo de manutenção variam conforme a disponibilidade de terra e o tipo de poluição da água. Existem então dois sistemas básicos de tratamento sustentável, explicou, um para regiões com bastante terra disponível e outro para áreas menores, como dentro de cidades, onde os sistemas precisam ser compactos. Onde há bastante terra, como em praticamente todas as cidades como Brasil, a engenharia é muito simples, pode-se usar áreas alagadas, como a construção de uma “piscina”, a um custo muito baixo para o tratamento da água e do esgoto.

À medida que os sistemas ficam menores, mais compactos, por falta de áreas disponíveis, onde a terra é cara, é preciso uma outra técnica, mas nunca mais cara que as tradicionais, assinala. “Não há custo de produtos químicos, a geração de lodo é muito pequena, o que torna a manutenção muito simples, e ainda tem uma beleza, são sistemas muito bonitos (por causas das plantas)”, explica. “Se a terra custar menos de um milhão de dólares o hectare (isso mesmo, um milhão de dólares) o sistema natural sempre vai ser mais barato”, garantiu.

E pode funcionar no meio de uma cidade, de um bairro, pois não exala mau cheiro algum, já que as bactérias são aeróbicas – usam oxigênio para se multiplicar. Na fábrica de Mogi Mirim, por exemplo, o sistema natural funciona há nove anos com um grau de eficiência de 99,98% na taxa de retirada de poluentes. Num hospital de Anantapur, na Índia, que faz tratamento de portadores de HIV, usando brita e plantas escolhidas para o ambiente local, a água sai totalmente limpa e sem a presença do vírus, tanto que é usada na irrigação de plantações.

Despoluição de Rios na China

Na China, em Fizhon, uma cidade industrial, um rio está sendo despoluído e outro será despoluído no país em breve com os mesmos princípios sustentáveis de engenharia e design. Nos vários canais onde mais de um milhão de habitantes despejam seus dejetos, foram instaladas umas espécies de ilhas flutuantes, com as plantas grudadas a filmes submersos e em cujas raízes se multiplicam as bactérias, que fazem a limpeza da água.

Elas são aeróbicas (utilizam oxigênio, por isso não exalam cheiro) e recebem o oxigênio através de aeradores embaixo dágua, que assim não fazem barulho e bombeiam o ar da superfície. Como são flutuantes, as “ilhas” sobem ou descem conforme o volume do canal. O custo, no caso, é de 50 mil dólares, R$ 75,00 a R$ 80,00 por pessoa e cerca de um Kilowat/hora de consumo de energia. "Há canais muito semelhantes no RJ, SP e Porto Alegre que poderiam receber sistemas semelhantes," assinalou.

À pergunta de um representante do Sindicato da Indústria da Construção Civl (Sinduscon), ele acrescentou que é possível um tratamento descentralizado de esgotos em prédios e condomínios de 200 a 300 pessoas, de até 20 andares, em sistemas pequenos de 600 metros quadrados, que poderiam ser integrados como parte dos próprios prédios, cuja água resultante poderia ser usada nas descargas, jardins, lavagem de carros e outras utilidades, menos higiene pessoal e cozinha. “É muito fácil reciclar para as descargas”, informou.

Outro exemplo bastante detalhado por Shaw é o de Harlow North, uma cidade totalmente planejada e totalmente sustentável, que será construída nos próximos anos com financiamento da British Petroleum, inicialmente para 25 mil habitantes e projeção para chegar a 65 mil. Ali deverá acontecer a integração total dos sistemas sustentáveis, energia, água, esgotos, produção de alimentos, manejo de resíduos, que é o novo desafio dos desenhos de sustentabilidade, conforme repetiu nas entrevistas que concedeu. Como a disponibilidade de água no local é de 50 litros/dia por pessoa – a média normal seria 200 litros – até mesmo as estradas serão construiídas de forma a reaproveitar a água da chuva. “É um grande desafio levando em conta o tamanho da cidade, visando o uso mínimo de energia, água, dos recursos para tratar os dejetos e assim por diante. Nas tecnologias não há nada de novo, o nosso desafio é colocar tudo junto”, explicou.

Michael Shaw foi trazido a Porto Alegre pelo diretor do Centro de Referência em Integração e Sustentabilidade (CRIS), engenheiro Jorge Geras, a convite da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam), para ser o palestrante de abertura oficial da Semana do Meio Ambiente, no auditório do Colégio Militar. O prefeito José Fogaça discursou exaltando a importância do evento e do convidado e depois se retirou para outro compromisso. Michael e Geras tinham reunião agendada com a equipe técnica do Departametno Municipal de Água e Esgotos (Dmae) no início da tarde, que foi cancelada sem maiores explicações.

Por Ulisses A. Nenê, para a Ecoagência

Fonte: Envolverde/Ecoagência

Michael Shaw apresenta em Porto Alegre os sistemas sustentáveis de tratamento de água e esgoto

Michael Shaw apresenta em Porto Alegre os sistemas sustentáveis de tratamento de água e esgoto


Imprimir E-mail




Shaw: sistemas totalmente naturais utilizam plantas,
peixes, bactérias e microorganismos em vários países

Celebridade mundial na área da sustentabilidade, ele será o palestrante na abertura da Semana do Meio Ambiente, às 18h, no Colégio Militar.

Porto Alegre, RS – A abertura oficial da Semana do Meio Ambiente em Porto Alegre, amanhã (02/06) terá a presença de uma das maiores autoridades mundiais em projetos sustentáveis, o engenheiro canadense Michael Shaw. Ele será o palestrante da solenidade, às 18 horas, no auditório do Colégio Militar, onde vai falar sobre sua maior especialidade, “Sistemas Sustentáveis no Tratamento de Água e Esgoto”.

Além do de água e esgoto, Shaw tem experiência com outras tecnologias e um conhecimento muito amplo de vários projetos mundiais sustentáveis, que envolvem desde prédios comerciais até cidades inteiras. Com outro pesquisador nessa área, o professor John Todd, Shaw tem duas patentes mundiais de tratamento biológico de esgotos, sem o uso de produtos químicos.

“Essa é a grande diferença dos sistemas que eles desenvolveram, enquanto a grande maioria das Estações de Tratamento de Esgotos (ETEs) usam grandes quantidades de produtos químicos, os sistemas sustentáveis funcionam à base de microorganismos, bactérias, plantas e uma série de componentes do sistema vivo, com investimentos menores que as estações tradicionais”, explica o fundador e diretor do Centro de Referência e Interação em Sustentabilidade de São Paulo, engenheiro Jorge Geras, que está trazendo Michael Shaw a Porto Alegre.


Estação de tratamento implantada por Shaw

Um exemplo é o de Harlow North, ao sul de Londres, onde a British Petroleum está construindo uma cidade totalmente sustentável, de 25 mil habitantes, em que Shaw fez o projeto das áreas de energia e tratamento integrado. Na China, com o mesmo sistema de biotratamento está sendo despoluído um rio e outro será despoluído, enquanto na Índia fez um projeto de ETE para um hospital de doentes com HIV. De tão limpa, a água ao final do tratamento é utilizada na irrigação de plantações.

“Nessa parte de sustentabilidade e ecologia ele está em contato com tudo o que acontece de mais importante no mundo inteiro em termos de tecnologias sustentáveis, com projetos na Rússia, África, Ásia, Estados Unidos,”, afirma Jorge Geras.


Trabalho de despoluição na China

Outro detalhe interessante é que Shaw mora há 15 anos em Findhorn, uma famosa ecovila que existe há mais de 40 anos no norte da Escócia, totalmente sustentável do ponto de vista social, ecológico e econômico. Já foi tema de grandes reportagens na imprensa britânica e recebeu visitas de várias personalidades interessadas em projetos sustentáveis, como Fritjof Capra.

Ali os habitantes produzem o próprio alimento e geram mais energia do que consomem, utilizando apenas fontes renováveis: placas solares, turbinas eólicas e biodigestores.

Soluções para o Brasil

“Do ponto de vista social, Findhorn é uma comunidade bem diferente do estilo que a gente tem aqui em termos de convívio, com interação humana e um espírtio comunitário muito mais desenvolvido do que estamos acostumados. Ele tem muita bagagem para compartilhar e soluções muito práticas para ajudar no brasil”, assegura Geras.

Michael Shaw é representado na América Latina pelo Centro de Referência e Integração em Sustentabilidade (CRIS), que tem sede em São Paulo e mantém parcerias com vários estados brasileiros e entidades internacionais. O instituto, dirigido por Jorge Geras, desenvolve vários projetos na área, como um hotel (SpAventura) com 70 chalés, em Ibiúna que não precisará de ar-condicionado e onde grande parte da energia e dos alimentos serão produzidos no próprio local, totalmente integrado com a sociedade do entorno – produtores de alimentos orgânicos.

Outro projeto de Geras é uma casa/sobrado, a Casa de Terra Granja Viana, feita de pau-à-pique, barro e palha, na qual todo o gás de cozinha vem de biodigestores que recebem os dejetos dos banheiros; e uma eco-passarela que vai ligar o prédio do Unibanco à Honda, em São Paulo e servirá também para ações de educação ambiental.

“O CRIS é uma ponte entre estes mundos, facilitando com a tradução de linguagens o contato e viabilizando projetos”, opina o vice-presidente da Fundação Gaia de Porto Alegre, Franco Werlang.

“Já se foi o tempo em que as tecnologias brandas em termos de impacto ambiental eram apenas tentativas, hoje elas são provadas e comprovadas, tanto que a China, atual canteiro de obras mundial, é um exemplo vivo da consolidacao destes processos e está contratando praticamente todos os consultores mundiais já reconhecidos nesta área para enormes projetos, viabilizando a custos reduzidos resultados maravilhosos”, acrescenta.

Texto da redação da EcoAgência. Reprodução autorizada, citando-se a fonte.

Mais informações:

www.crissustentabilidade.blogspot.com

Palestra de Michael Shaw:

Local: Auditório do Colégio Militar (Av. José Bonifácio, 363), segunda-feira, às 18h, A promoção é da Secretaria Municipall do Meio Ambiente e Prefeitura de Porto Alegre.

Fonte: EcoAgência

Fundação AlphaVille promove oficinas “Plantio” e “Construção em terra”

Parnaibaweb

Fundação AlphaVille promove oficinas “Plantio” e “Construção em terra”
Da Redação: ParnaíbaWEB
04 de julho de 2008
Com participação gratuita, interessados aprenderão a executar um “rain garden” ou construir uma parede a base de terra, desenvolvendo técnicas sustentáveis

No próximo domingo, 6 de julho, das 14h às 18h, o Centro Educacional em Sustentabilidade, localizado no AlphaViIlle Burle Marx, em Santana de Paranaíba (SP), realiza as oficinas “Plantio” e “Construção em terra”. A partir de técnicas de construções sustentáveis, os participantes aprenderão a executar um “rain garden”, espécie de jardim desenhado para infiltrar o excedente de água da chuva, ou construir uma parede a base de terra. Para participar, basta confirmar presença, através dos e-mails evelyn@alphaville.com.brEste endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email ou sousa@alphaville.com.brEste endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email .

Para ministrar as oficinas, foram convidados o engenheiro civil e permacultor, Guilherme Neves Castagna, autor de vários projetos de design em permacultura e sustentabilidade em água, além dos arquitetos, Fernando César Negrini Minto, pesquisador do grupo de estudos “Culturas Construtivas”, na FAU-USP; e Thomas Alexander Burtscher, mestre em arquitetura sustentável.

Centro Educacional para Sustentabilidade

Em fase de obras, o Centro Educacional para Sustentabilidade já está sediando oficinas gratuitas, que possibilitam aos interessados colocar a mão na massa e aprender na prática diferenciais sustentáveis. O Centro é fruto de parceria da Fundação AlphaVille – braço de sustentabilidade da AlphaVille Urbanismo, com o CRIS – Centro de Referência e Integração para a Sustentabilidade.

Oficinas “Plantio” e “Construção em terra”
Domingo, 06/07/2008
Horário: 14h às 18h
Centro Educacional em Sustentabilidade – CES
Residencial AlphaVille Burle Marx
Av. Alpha Norte, 2550 - Santana de Parnaíba - SP

Mais informações à imprensa: CLARA Comunicação
Neide Costa/ Michele Vitor / Clarice Caldas
Tel. (11) 3667-9136, 3667-4065
E-mail: clara@claracomunicacao.com.brEste endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email
Imprimir


http://www.parnaibaweb.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=1171&Itemid=75

UBV FECHA PARCERIA COM CRIS - CENTRO DE REFERÊNCIA E INTEGRAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE

Maxpress

UBV FECHA PARCERIA COM CRIS - CENTRO DE REFERÊNCIA E INTEGRAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE

A empresa, preocupada com questões sócio-ambientais, contribuiu com vidros para a criação de mais um espaço do projeto

A UBV, líder no mercado de vidro plano impresso, estabeleceu parceria com o CRIS - Centro de Referência e Integração para a Sustentabilidade, na construção do CES, uma nova edificação do projeto, localizada em Santa do Parnaíba.

O CES - Centro Educacional em Sustentabilidade é o resultado da parceria entre a Fundação AlphaVille, a Prefeitura de Santana de Parnaíba e o CRIS. A inauguração será realizada no próprio espaço no dia 10 de outubro, que posteriormente será doado para a cidade.

O vidro escolhido para o projeto foi o Astral, aplicado em janelas, portas e paredes. Devido a sua transparência, este padrão permite que a luz natural penetre no ambiente e ainda é possível contemplar a bela paisagem do local, proporcionando bem estar a todos.

Por se tratar de um projeto despojado, a consultora e gestora do projeto Denise Mazeto garante que o padrão de vidro foi escolhido corretamente. O design criativo e o aspecto molhado do padrão fizeram a diferença no projeto. "Escolhemos o vidro UBV não só pela beleza, mas também pelas questões ambientais, já que contém um elevado conteúdo de vidro reciclado", acrescenta.

"Para a UBV, a participação neste projeto é importante, pois enfatiza o conceito de sustentabilidade agregado na aplicação dos vidros UBV nos ambientes", afirma Sandra Sernaglia, gerente de marketing da empresa.


http://www.maxpressnet.com.br/noticia.asp?TIPO=PA&SQINF=342414