Todescan Siciliano

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Arquitetura

sexta-feira, outubro 20, 2006

Envolverde - Bioconstrução leva ao Consumo Consciente



27/07/2006 - 11h07
Bioconstrução leva ao consumo consciente
Todescan e Siciliano Arquitetura expande a bioconstrução e mostra que o tema vai além da
preservação socioambiental, pois resgata relações interpessoais, faz bem a saúde, preserva a
natureza e é um investimento lucrativo
Não é preciso ser ativista de algum grupo ambientalista para agir em favor da natureza. De acordo
com a dupla de arquitetos Marcelo Todescan e Frank Siciliano, diretores da Todescan Siciliano
Arquitetura, os moradores de grandes metrópoles também podem contribuir com o meio ambiente
adotando reformas e construções alicerçadas na bioconstrução. O projeto integra homens,
mulheres, crianças e profissionais do ramo da construção, num só propósito: erguer uma casa
confortável, prática, saudável e ecologicamente correta.
A técnica da Bioconstrução é uma forma conceitual que vai além de uma manifestação
arquitetônica. Essa técnica interativa possibilita a elevação da auto-estima do morador e o torna
ativo, já que este participa de todo o processo construtivo. "Amassar barro para erguer as paredes
da casa dá a verdadeira importância de fazer parte, de interagir com o meio ambiente e dar
referência ao que é nosso", ressalta Andréa Palma, proprietária de uma casa ecológica.
"O fato de criarmos alternativas viáveis para a construção e manutenção de comunidades sustentáveis garante qualidade de vida as
futuras gerações", conta Frank Siciliano. Por conta disso, Frank Siciliano e Marcelo Todescan desenvolveram um projeto utilizando a
técnica japonesa "Tsuchi Kabe", empregada na construção de templos budistas, casas de luxo e edificações no estilo tradicional.
"Usamos a técnica japonesa por sua tradição milenar e por ser uma solução socioambiental", afirma Marcelo Todescan. De acordo com os
arquitetos, essa é uma técnica simples e fácil de fazer, pois utiliza matérias-primas naturais, como pedras nos alicerces, paredes leves e
finas, de estrutura em madeira reciclada, bambu, terra e argila. Eles explicam ainda que obras bioconstrutivas fazem bem à saúde.
"Casas com paredes de barro controlam a umidade e a temperatura interna da residência é muito melhor do que a de alvenaria
convencional".
Segundo a dupla, as pessoas podem optar por construções inteiras ou reformas parciais. "Construir um prédio de pau-a-pique e barro é
complicado, porém nada impede usar esse material natural nas paredes internas dos apartamentos". Além disso, há outros materiais que
podem substituir os convencionais, como móveis feitos de madeiras recicladas, lâmpadas mais eficientes para consumir menos,
aquecedor no lugar do chuveiro elétrico, entre outros. "Em nossos projetos tudo gira em torno do consumo consciente", afirmam.
Marcelo Todescan e Frank Siciliano explicam que o projeto bioconstrutivo não é tão caro como se pensa, já que é possível adequar a
residência a projetos como captação e reuso de água, tratamento de esgoto, captação de energia solar e utilização de matérias-primas da
região. "A possibilidade de integrar as necessidades de conforto e qualidade de vida a uma forma ética e sustentável de viver é a grande
sacada deste segmento", conclui os arquitetos da Todescan Siciliano Arquitetura, Marcelo Todescan e Frank Siciliano.
"Creio que valores monetários não são tão importantes. Afinal, técnicas ecologicamente corretas e que estimulam a integração social,
reforçando os relacionamentos com vizinhos, amigos e familiares não tem preço. Construir nossa casa é como construir um templo, pois
estamos criando um espaço sagrado no qual vamos passar grande parte de nossas vidas", revela Enjo, monge budista responsável pela
celebração do ritual "Tsuchi Kabe".
Os arquitetos Marcelo Todescan e Frank Siciliano são os profissionais responsáveis pela nova roupagem da rede McDonald's na América
Latina, rede de Hospitais Vita, nova sede do Instituto Bacarelli e estão frente do projeto de sustentabilidade Gaia Education no Brasil, que
visa multiplicar o conceito sustentável. Além dos projetos corporativos, a dupla é especialista em projetos residenciais que utilizam à
técnica da bioconstrução.
(Envolverde/Assessoria)

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Bioconstrução usa materiais alternativos
Um dos maiores desafios à bioconstrução, afirma o designer da EcoCasa, Walter Oliveira, é o preconceito contra esta tecnologia. As classes mais humildes, diz ele, vêem as novas técnicas como algo precário. Dessa forma, para conseguir mudar esta mentalidade, Oliveira trabalha com clientes de classes média e alta, que acabarão por servir de exemplo para os outros.

Para os especialistas em projetos residenciais de bioconstrução, Marcelo Todescan e Frank Siciliano, a pessoa não precisa ser ativista ambiental para querer uma casa ecologicamente correta. A dupla explica que, embora seja complicado pensar em construir um prédio de pau-a-pique e barro, isso não impede a utilização desse material nas paredes internas de um apartamento.

Eles vêem o consumo consciente como o cerne dos seus trabalhos. Assim, acreditam a madeira convencional dos móveis pode ser substituída por madeira reciclável, lâmpadas podem ser trocadas por outras mais eficientes e um aquecedor pode ser adotado em lugar do chuveiro elétrico. Outras adequações possíveis em residências são a captação e reuso da água, a captação de energia solar e a utilização de matérias-primas regionais.

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